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Terceiro ponto de vista sobre a gestão de crise de imagem em um órgão público
Como a comunicação da Prefeitura de Tubarão lidou com a prisão do prefeito e vice
Sejam bem-vindos!
Em mais uma postagem a respeito da gestão de crise de imagem na Prefeitura de Tubarão, a postagem especial de hoje será um grande comparativo sobre uma outra crise já vivida pelo Decom, quando o prefeito da cidade morreu a poucos meses de concluir a gestão .
Terceiro ponto: um comparativo de crises
No dia 20 de junho de 2012, a Prefeitura de Tubarão lidava com uma grande crise que antecedeu as prisões de Jores e Caio: a morte do prefeito Manoel Antonio Bertoncini Silva, em virtude de um câncer pulmonar e Acidente Vascular Encefálico (AVE). Diferente das prisões repentinas, a situação do prefeito Manoel era acompanhada desde o início de sua gestão já que o câncer foi descoberto logo após o mesmo vencer as eleições na Cidade Azul. E o trabalho do Decom na oportunidade se assemelha com o que foi feito uma década depois: manter a prefeitura funcionando.
Assim que a morte do político foi confirmada, a gestora do departamento na época, Adriana Oliveira, preparava uma coletiva de imprensa no Paço Municipal onde o vice-prefeito Felippe Luiz Collaço, que passava a responder como prefeito em exercício, atenderia a mídia. No mesmo momento, o jornalista e repórter do Decom, Max Alexandre Fortes Jorge, se dirigiu para o hospital onde o ex-prefeito estava internado e passou as últimas horas de sua vida. A coletiva estava agendada para as 22 horas e por volta das 20h30, o jornalista pegou uma cópia do último boletim médico e se deslocou para a sede administrativa.
“Quando eu cheguei no Decom, já estava aquela correria. Preparamos a matéria para o órgão público, materiais para a imprensa com toda a história dele, ao mesmo tempo que preparávamos a coletiva”, conta Max, que também é membro atual do setor. Na época, a rede social mais utilizada era o Twitter. Atualizações em tempo real sobre o assunto também eram feitas pela comunicação. No outro dia, estava marcado o velório do prefeito, o que trouxe até o Governador de Santa Catarina na época, Raimundo Colombo, a cidade de Tubarão. “Foi um dia de trabalho puxado. Auxiliamos os veículos que quiseram entrevistar o novo prefeito, os secretários e os familiares” relata o jornalista. O Decom trabalhou até as 4 horas da madrugada depois da notícia da morte do prefeito, alimentando a imprensa com informações sobre o político, o velório e o enterro.
“Sobre o caso do Joares e Caio, acredito que o Decom ficou numa situação mais desagradável do que qualquer outro setor, pois tínhamos que continuar informando o cotidiano da prefeitura, enquanto a imprensa tinha o interesse somente nas prisões”, relata Max no comparativo das crises. O jornalista também leva em consideração que a partir do momento que os mandatários foram afastados, houve a desassociação do órgão oficial, o que significa que a comunicação não tem a obrigação de informar sobre o caso. “Não estavam mais ligados a prefeitura. A gente não tinha nada de informação, mas mesmo que tivéssemos, não tínhamos essa obrigação. A nossa função é se ater ao que envolve a prefeitura”, conclui o profissional que acredita que o trabalho foi conduzido de maneira correta pelo Decom.
O penúltimo ponto de vista sobre o caso abordará uma visão de fora do Decom e que será chave para o complemento das análises.
Te espero amanhã!